Sobre dores e doenças
Mariza
e Dorinha, vizinhas do 1º andar, encontram-se no corredor e têm o seguinte diálogo: Me
conta uma coisa Mariza: Você se considera uma pessoa saudável?
Dorinha
eu sempre fui saudável, criei meus três filhos, hoje já casados, trabalhando duro, não tinha sequer uma gripe, mas neste último ano tenho
passado por maus bocados, ando tendo muitas dores e é como se elas estivessem
espalhadas por todo o corpo, assim como aparecem outras doenças sem motivo
aparente. Acho que estou com a imunidade muito baixa, apesar de me alimentar
bem e exercitar-me com frequência. Cheguei a ficar acamada por alguns dias
acredita? O trabalho todo acumulando, os clientes ligando, pelo menos eu
trabalho em casa, se não teria que tirar uma licença.
Mas
porque a pergunta? Ah, Mariza, porque eu também não estou nada bem, tenho enxaquecas infernais que
persistem durante o dia e a noite, elas têm inclusive afetado o meu desempenho
no trabalho, assim como com você, entretanto estou preocupada porque não posso perder o
emprego, é meu único sustento.
Mas você dona Mariza tem que se cuidar, não pode deixar passar batido, podem ser
sinais de problemas mais sérios. Há quanto tempo você não vai há algum médico,
seja ele de que especialidade for?
Imagina! Minha vida agora transformou-se em uma maratona a consultórios. Fui a
praticamente todas as especialidades nestes últimos dez dias. Dorinha, você não
imagina, não sei se consegue compreender o que venho passando, estava
praticamente tendo um colapso corporal, apareceram várias doenças de uma só
vez. Os médicos pediram uma infinidade de exames e receitaram os remédios,
muito caros por sinal.
Tomou
muitas medicações então...E elas resolveram os seus problemas? Cada
especialidade médica receitou um medicamento diferente e aliviou muito os sintomas sim, não
posso negar.
Poxa
que bom ouvir que você está mais aliviada dos incômodos, e os exames já ficaram
prontos, constatou algo grave?
Aí
é que está Dorinha, eu ainda sequer me curei completamente das doenças e os
exames apontam com toda a certeza que a tecnologia pode oferecer: Eu não tenho
NADA. Mas como Dorinha? Como eu não posso ter nada se os médicos viram que eu
estava doente, minha família viu que eu estava mal, não foi teatro, eu não
seria capaz de inventar uma doença, isso é impossível não é?
Eu
já não entendo mais nada, o fato é que diante dos exames não apontarem
nada os médicos disseram-me que minhas doenças poderiam estar sendo produzidas
pela minha “mente”, que nosso organismo é muito complexo e que para mostrar que
alguma coisa não vai bem com meus sentimentos e/ou com algo na minha vida eles
produzem esses sintomas para chamar a minha atenção.
Poxa
Mariza, que coisa difícil, como o ser humano é realmente complexo, eu já havia
ouvido falar disso, lá no prédio que eu trabalho tem uma psicóloga, quando
estou com muita enxaqueca ela diz que pode ser somatização, pergunta se estou
bem, o que aconteceu no meu dia, como vão as coisas, mas já orientou também a
procurar um neurologista, me deu um cartãozinho dele e tudo, porque do mesmo
modo que pode ser somatização pode ser algo biológico né, é preciso analisar.
Vou cuidar disso, não passa um dia dos 365
dias do ano que eu não exploda em dores de cabeça.
Dorinha,
então nossa próxima missão é marcar seu neurologista. Mas como no meu caso já
fiz todos os exames e deram negativo fui encaminhada exatamente para uma
psicóloga e o jeito vai ser eu marcar uma sessão; te confesso que não me sinto
confortável por ter que “passar” com uma psicóloga, mas se essa é uma tentativa
para que curem-se essas doenças e não voltem a aparecer eu vou enfrentar, vou
ligar assim que entrar em casa.
Temos
que nos cuidar amiga, muitas vezes o stress do cotidiano e as emoções com as
quais somos obrigadas a lidar acabam se manifestando, pedindo socorro, mas não podemos permitir que a dor nos paralise.
Psicóloga Stael Rezende (UFSJ) - CRP-04\43387.
staelcontato@hotmail.com e
starezende2010@hotmail.com
Telefones: (31) 7563-3841 (TIM) – (32)
85139852 (Claro)
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